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Cotidiano, cinema, música, anotações virtuais. Talvez não nessa ordem. Ou, quem sabe, nada disso.
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elioband@hotmail.com |
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dezembro 06, 2004
Como boa esposa e companheira que sou, vim tirar o pó deste blog. Os vizinhos já estavam reclamando das baratas. Uma poeira só. Aproveitei para polir, dar um brilho às lembranças e arquivos. Um dia ele volta, gente.
Beijos Lu Thomé
maio 12, 2004
34 anos!!!
Comemorados da melhor forma: com a Lu, família, amigos e colegas de trabalho.
maio 06, 2004
Estou na semana do meu aniversário. Sempre dizem que essa é a época do inferno astral das pessoas. Não concordo muito com isso. Acostumei a, desde o dia 30 de abril, quando minha tia faz aniversário, ficar ansioso com a chegada do "meu" dia. Aliás, tem muita gente que não gosta de aniversário. Tenho um colega de trabalho que simplesmente não vai trabalhar quando comemora nova idade. Sei lá, eu gosto de fazer aniversário. O pior é que, quando maior a idade, menores são as lembranças de alguns deles. Esses dias, tentava lembrar de quando fiz 20 anos, em 1990. Onde é que eu estava? Com quem estava? Como foi a comemoração? Alguns são marcantes e inesquecíveis, outros foram mera formalidade. O legal do aniversário é que parece um dia só teu, como se só houvessem 365 pessoas no mundo (ou 366, como neste ano). Tem gente que começa a contar o ano a partir do aniversário, do tipo: com tantos anos, vou começar a fazer isso. Acho melhor assim. Já estou pensando no que fazer melhor a partir de quarta-feira do que em todos o período passado. Uma das coisas, com certeza, é atualizar o blog mais seguido...
Sete meses sem cortar o cabelo. Enquanto penso que fico parecido com um jogador italiano (em final de carreira), recebo inúmeros pedidos (alguns desesperados) para visitar o Seu Naninho, na 24 de Outubro, e (tentar) ajeitar o visual. Tem gente que não entende nada de beleza....
- Alô?
- Sim, pois não?
- O Elio Bandeira, por favor.
- É ele.
- Senhor Elio, aqui é a fulana, tudo bem?
- Tudo bem.
- Queria lembrá-lo que o seguro do seu veículo vence amanhã, e o valor é esse.
- Mas...amanhã? É esse mesmo o valor? Vocês não costumavam informar com mais antecedência?
- Pois é....desta vez não deu...houve um problema em nossos computadores.
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Subitamente, três cheques deixaram a minha carteira e seguirão me atormentando pelos próximos 90 dias...
abril 09, 2004
Uns dias atrás a Lu pediu uma sugestão para o slogan de uma construtora para a qual ela seguidamente trabalha, a Safe. Tasquei: "Você sonha, nós construímos". Sei lá, eu não sou publicitário, mas o dono da empresa gostou. Agora, a frase estampa o site da empresa. Estou pensando seriamente em fazer campanha para alguns candidatos a vereador...
abril 08, 2004
O Raimer, um dos “boleiros” do nosso futebol, torceu o pé no jogo de ontem e o tornozelo inchou. Ele pediu que eu dirigisse o carro dele e o levasse até uma clínica de ortopedia. Era depois da meia-noite. A primeira parada foi numa da Cristóvão Colombo, que estava fechada. Então fomos até o Cruz Azul, na Independência. Tudo escuro. Na Ortopedia Santo Antônio, na rua de mesmo nome, também não tinha ninguém. A próxima tentativa foi no Urgetrauma, na Assis Brasil. Nem preciso dizer que as portas estavam cerradas. Resolvemos atender a sugestão da Lu e fomos até o Hospital São Lucas, da PUC. Chegando lá, uma placa advertia: “Emergência Lotada. Os atendimentos estão suspensos”. O guarda me disse: “Só estamos recebendo pessoas baleadas, esfaqueadas e casos de muita urgência”. Fazer o quê? Fomos parar em uma farmácia, comprando ataduras e antiinflamatórios. Pelo jeito, só o HPS teria nos atendido. Será que não dá para quebrar uma perna depois da meia-noite em Porto Alegre?
abril 06, 2004
Esses dias eu passei em frente ao local onde ficava o antigo cinema Baltimore. Confesso que não gostei de ver tudo em ruínas, pois ali foi um dos lugares que mais marcaram minha adolescência. O primeiro filme que lembro ter visto lá foi Raposa de Fogo (Firefox), uma obra de ação, de 1982, com o Clint Eastwood. Mas o Baltimore me lembra vários outros filmes, os quais assisti na sessão de estréia, como Batman, A Última Tentação de Cristo, Platoon e Atração Fatal. Era impressionante ver o Baltimore cheio. Nas noites de sábado, a galera da rua sempre ia ver um filme lá e depois passava no Zé do Passaporte (que ficava ali na entrada da Redenção) para comer um Super Dog. O prédio também tinha o Bristol (que ficava no andar de cima e que depois virou o Baltimore 3), famoso por seus ciclos de filmes independentes e/ou europeus. Lembro que ali eu vi Laranja Mecânica. No final dos tempos, o Baltimore 3 só passava bombas e quando tu entrava lá tinha a idéia de que, daqui a pouco, ia cair um rato no colo. No Baltimore 4 eu vi poucos filmes e no Baltimore 2 eu lembro de ter visto Rain Man e Dick Tracy, entre outros. Mas as lembranças das noites de final de semana no Baltimore 1 sempre irão aparecer quando eu passar pela Osvaldo Aranha.
março 31, 2004
Quando estava pensando me prevenir, me proteger, evitar que ela aparecesse, que tomasse conta do meu dia, não consegui escapar. Desde sábado ela não me deixa. Dorme comigo, acorda comigo, almoça comigo, trabalha comigo. Maldita gripe.
Como é bom achar alguma coisa que você julgava ter perdido. Tinha comprado um chaveiro lá na Pipa, para substituir o anterior (adquirido em 2001). Quando chegamos de viagem, nada de encontrar o tal chaveiro. Revirei toda a mala, no meio das roupas, entre os presentes, e nada. Nem era pelo prejuízo, pois custou baratinho, mas é que não se trata de algo que se possa comprar por aqui. Pois hoje tentei colocar em dia a montanha de folders que a gente trouxe do Nordeste. Pequenas recordações dos lugares que freqüentamos. E não é que tava lá no meio?
março 25, 2004
Devido à correria do dia-a-dia, nem deu tempo de registrar que, nesta semana, completei cinco anos no mesmo emprego. Não é meu recorde, mas garante alguns benefícios que não teria em outro lugar. Pena que a data ocorra em meio a um clima muito ruim, onde prevalecem as disputas internas e a falta de coleguismo.
Pelo menos, a ida para o trabalho ficou mais agradável. É que voltei a levar CDs no carro. Estava um pouco cansado das FMs ou ficar sem ouvir nada durante a Voz do Brasil (não gosto muito do programa da Ipanema que toca das 19h às 20h, só com músicas nacionais). Por isso, Travis, Wallflowers, The Cure, Red Hot Chili Peppers, The Strokes e outros me acompanham no famoso trajeto casa-trabalho-almoço-trabalho-casa.
Falando em CDs, logo, logo estarão nas lojas brasileiras duas coletâneas de bandas que eu curto bastante: Counting Crows e Hootie & The Blowfish. Pela seleção das músicas, vale a pena ter.
março 23, 2004
Porto Alegre, segunda-feira, 7h55 da noite. Lembrei que tinha uns DVDs para devolver na locadora, que fica na Nova Iorque, esquina com a 24 de Outubro. Quando estava chegando lá, notei um Audi arrancando em alta velocidade e uma pessoa saindo correndo de dentro da loja. Quando desci, a dona do carro estava nervosa e chorando bastante. Ela tinha acabado de descer quando foi abordada por um homem. O outro ficou rendendo o segurança da locadora. Tudo muito rápido e assustador. Disseram que ela estava sendo seguida há bastante tempo. Ainda bem que ninguém foi seqüestrado, mas fica o alerta para as mulheres que dirigem sozinhas à noite.
março 22, 2004
Demonstrando total desconsideração com as pessoas que costumam acessar esse blog, eu fiquei quase um mês sem aparecer...Na verdade, não há desculpa nenhuma, a não ser a preguiça. Vamos ver se eu engreno a partir de agora.
Descobri que eu realmente gosto de sashimi. Não era muito fã até um coquetel que serviram aqui na Câmara com um cardápio bem variado de comida japonesa. Tem um buffet de sushi e sashimi no Shopping Praia de Belas que estou virando freguês.
Semana passada coloquei um pouco do cinema em dia. Eu e a Lu vimos Alguém tem que ceder e Na Captura dos Friedmans. Gostei de ambos. Por outro lado, não agüentei a bomba Na Companhia do Medo (Gothika), que assisti com a minha irmã na sexta. Fuja dele. Além de pagar R$ 20 no Iguatemi (um verdadeiro assalto), o pior foi ir numa sessão cheia de adolescentes que não calavam a boca.
fevereiro 26, 2004
Todos os que procuraram novidades no meu blog deram com a cara na porta. O diário das nossas férias ficou sob a responsabilidade da Lu em sua qualificada página. Ficar (apenas) 15 dias fora dá uma idéia de que a nossa vida poderia ser mais tranqüila e aproveitada de uma forma bem mais agradável.
fevereiro 04, 2004
Tenho assistido a série 24 Horas, que tá passando (com atraso, é óbvio), na TV aberta. Acho bem legal quando o cronômetro aparece e situa a história para o telespectador. Pois um reflexo disso é que, sem querer, estou olhando meu relógio de forma mais detalhada. Na segunda-feira, quando muita gente que eu conheço estava aproveitando o feriado, lá estava eu em mais um capítulo da série Coisas que você não conhecia em Porto Alegre e agora conhece. Dessa vez, encarei a famosa procissão de Nossa Senhora dos Navegantes. Se fosse num episódio de 24 horas, seria mais ou menos assim:
5h35 - toca o despertador, mas eu ainda me permito mais alguns momentos de sono
5h44 - o desgraçado apita de novo, mas dessa vez tenho de levantar. Sigo tateando até o banheiro (para não acordar a Lu) e coloco a roupa que (sabiamente) havia deixado pronta. Não há tempo nem para um café. Caneta, carteira, bloco de anotações, celular e óculos de sol estão à mão
6h07 - desço as escadas para esperar pelo motorista que irá me buscar. Ele tinha programado chegar às 6h15, mas está adiantado em cinco minutos. O fotógrafo que vai ser meu parceiro nessa empreitada me cumprimenta com a cara de quem dormiu dezenas de horas seguidas
6h52 - depois de buscarmos outras duas pessoas (uma delas, a autoridade que me obrigou a participar disso), chegamos ao Centro, onde uma pequena multidão se aglomera em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Ali vai ser rezada uma missa que dá início aos festejos. Lá dentro, lotação esgotada e uma ventilação precária. Acompanho tudo ao lado do púlpito, enquanto outras autoridades vão se juntando aos fiéis
8h01 - após a cerimônia religiosa, é hora de começar a procissão. Procuro ser rápido para sair da igreja, pois, do contrário, perderia o contato com o pelotão da frente. O fotógrafo (que estava tirando fotos num andar acima), tenta desesperadamente nos acompanhar, mas é contido pelos fiéis e fica para trás.
8h03 - do lado de fora da igreja, a multidão foi multiplicada por cinco. Pego o vácuo e fico logo atrás da linha que tem o governador, o presidente da Assembléia e o prefeito e demais autoridades. A Brigada Militar faz um cordão de isolamento para que a gente possa passar. As calçadas estão tomadas de gente. Os repórteres começam as entrevistas e os fotógrafos começam a procissão andando de costas.
8h16 - chegamos à Avenida Mauá, onde conseguimos um pouco mais de liberdade. O cortejo fica mais espaçado e a imprensa se coloca mais à frente. Nesse momento, chega o ministro Olívio Dutra, que passa a ocupar a primeira fila. Alguns deputados e vereadores ficam na segunda linha.
8h25 - entramos na Avenida Castelo Branco e mais brigadianos aparecem. Ouço repórteres dizendo que ainda tem gente se juntando à caminhada. Desse horário até às 10h32, percorremos os poucos quilômetros que separam as duas igrejas. Nesse tempo, o sol não apareceu, mas o calor era implacável. O fotógrafo, que pegou um atalho e conseguiu nos alcançar, me pede para segurar sua mochila. Sem brincadeira, pesava muito. Naquela hora, tive a certeza de que nunca seria fotógrafo. Tudo era muito tranqüilo e nenhuma autoridade arredou pé (estamos em ano eleitoral, lembram?). Uma mulher nos olha e pergunta de qual veículo somos. Após a resposta, ela começa a gritar e reclamar para o governador que sua família está na prisão, que ela está sem dinheiro e que nenhum brigadiano vai bater nela porque a imprensa está por perto. Ela encheu um pouco o saco mas depois acalmou-se. Nem dá para ver as últimas pessoas da procissão.
10h32 - chegamos na Ponte do Guaíba. A multidão é imensa e demonstra que chegou bem cedo, tal a expressão de calor e ansiedade. A organização do evento faz com que os jornalistas se aproximem do palco montado para outra missa e depois deixa passar as autoridades, que acenam como se estivessem em campanha. Um pequeno palanque irá abriga-los do calor durante as mensagens do arcebispo da Capital. Enquanto isso, o povo se espreme na frente do cordão de isolamento.
10h43 - a missa começa e a gente resolve dar um tempo para beber água e provar um pastel da paróquia. O fotógrafo gosta tanto que pede logo três.
11h27 - uma grande queima de fogos marca a chegada da imagem da santa. O espaço entre o povo e o pequeno quiosque onde ela é colocada fica mais reduzido. Todos querem depositar flores, mas apenas o governador pode fazer isso tranqüilamente. A cada cinco minutos, pessoas que passaram mal são levadas pelos brigadianos. O calor aumenta.Crianças vestidas de anjo são mais fotografadas que celebridades.
12h05 - a missa está acabando e as nossas energias também. Entrevistei tantas autoridades quantas possível e agradeci por não estar de terno e gravata como outros colegas. Todos aqueles que estavam na sombra destacam a demonstração de fé das pessoas.
12h15 - estamos indo embora. O motorista aparece de uma rua lateral e nos recolhe. A população está liberada para chegar perto da santa e fazer seus pedidos e promessas. Os quiosques começam a vender comidas e lembranças de todo o tipo.
12h18 - o ar-condicionado do carro começa a fazer efeito. Só penso em uma banheira com água gelada e umas doze horas de sono. Ainda precisávamos ir à sede para fazer a matéria e mandar para toda a imprensa. Mas, como toda a imprensa estava lá, nosso trabalho fica prejudicado.
Bem, depois de tudo isso ainda fiquei com uma violenta dor de estômago, que só melhorou no início do outro dia. Teria sido o pastel da paróquia ou as horas caminhando no asfalto e sob um mormaço daqueles? Acho que, desta vez, não sobrou nenhum pecado para contar a história. De uma coisa tive a certeza: agora mereço umas férias.
janeiro 23, 2004
Pensei que eu conhecia bem Porto Alegre. Se me disserem para ir a Belém Novo, Restinga ou Lami, acredito que sei chegar lá, sem muita complicação. Mas existem coisas em Porto Alegre que, sinceramente, não conhecia. Uma delas era um ensaio de escola de samba. Tudo bem, nessa época, no Rio de Janeiro, esses ensaios são mais concorridos que a primeira fila dos desfiles de moda. Ontem eu descobri o que é um ensaio de escola de samba em Porto Alegre. Pela necessidade da profissão, acompanhei uma representante do povo a duas escolas. Na primeira, uma escola muito simples (mas com 44 anos nas costas), pouca gente, mas tu sentes a dedicação daquelas pessoas ao Carnaval. O presidente me contava que os trabalhos começaram em setembro e que a escola vai fazer de tudo para voltar à elite em 2005. O enredo fala sobre Carmen Miranda e a empolgação dos passistas chama a atenção. Na outra escola, o esquema é mais profissional e quantidade de pessoas é dez, quinze vezes maior. Nem imaginava o quanto cabe de gente num barracão em plena Voluntários da Pátria. Na entrada, 23h é começo de noite e o lugar fica lotado de ambulantes. A revista é rigorosa nos homens e nas bolsas das mulheres. O padrão do vestuário parece seguir regras bem definidas para homens e mulheres. Lá dentro, a organização é exemplar, com o espaço bem definido para a apresentação dos passistas, porta-bandeira, mestre-sala, etc. e para a bateria. A barulheira começa e parece que as músicas têm 20 ou 30 minutos. Tu olhas para o lado e vê uma mulher de idade, com um filho no colo, cantando o samba-enredo. Do outro lado, pessoas escolhem as fantasias. Até pessoas que costumam freqüentar as colunas sociais aparecem por lá. A presidente da escola me explica que, nessa época, os ensaios ocorrem duas noites por semana. Bom, nunca gostei de Carnaval, mas, no mínimo é preciso ter um grande respeito pelo povo que vive boa parte do em função dessa festa. É mais uma cena de Porto Alegre que vale a pena conhecer.
janeiro 14, 2004
O ano começou bem turbulento no aspecto profissional. Todos sabem que o meu cargo pode ser designado a outra pessoa a qualquer momento, mas não esperava que a situação fosse tão preocupante. Em resumo: na semana passada eu fui demitido e no outro dia, readmitido. Tudo bem, não mudou nada, mas a partir de agora, sei quem defende (e apóia) o meu trabalho e quem não tá nem aí. Penso que esse fato deve servir como aprendizado para que eu modifique um pouco minha atuação e passe a saber, direitinho, com quem estou lidando.
O outro lado, por sua vez, vai bem, obrigado. Estamos ainda na fase de adaptação, mas tenho o sentimento de que tudo vai dar certo. Estou me acostumando a pequenos detalhes que fazem a diferença, entre eles, chegar do futebol sem fazer muito barulho e lavar a louça (e a roupa) com mais freqüência...
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