Uns dias atrás a
Lu pediu uma sugestão para o slogan de uma construtora para a qual ela seguidamente trabalha, a Safe. Tasquei: "Você sonha, nós construímos". Sei lá, eu não sou publicitário, mas o dono da empresa gostou. Agora, a frase estampa o
site da empresa. Estou pensando seriamente em fazer campanha para alguns candidatos a vereador...
O
Raimer, um dos “boleiros” do nosso futebol, torceu o pé no jogo de ontem e o tornozelo inchou. Ele pediu que eu dirigisse o carro dele e o levasse até uma clínica de ortopedia. Era depois da meia-noite. A primeira parada foi numa da Cristóvão Colombo, que estava fechada. Então fomos até o Cruz Azul, na Independência. Tudo escuro. Na Ortopedia Santo Antônio, na rua de mesmo nome, também não tinha ninguém. A próxima tentativa foi no Urgetrauma, na Assis Brasil. Nem preciso dizer que as portas estavam cerradas. Resolvemos atender a sugestão da Lu e fomos até o Hospital São Lucas, da PUC. Chegando lá, uma placa advertia: “Emergência Lotada. Os atendimentos estão suspensos”. O guarda me disse: “Só estamos recebendo pessoas baleadas, esfaqueadas e casos de muita urgência”. Fazer o quê? Fomos parar em uma farmácia, comprando ataduras e antiinflamatórios. Pelo jeito, só o HPS teria nos atendido. Será que não dá para quebrar uma perna depois da meia-noite em Porto Alegre?
Esses dias eu passei em frente ao local onde ficava o antigo cinema Baltimore. Confesso que não gostei de ver tudo em ruínas, pois ali foi um dos lugares que mais marcaram minha adolescência. O primeiro filme que lembro ter visto lá foi
Raposa de Fogo (Firefox), uma obra de ação, de 1982, com o Clint Eastwood. Mas o Baltimore me lembra vários outros filmes, os quais assisti na sessão de estréia, como
Batman,
A Última Tentação de Cristo,
Platoon e
Atração Fatal. Era impressionante ver o Baltimore cheio. Nas noites de sábado, a galera da rua sempre ia ver um filme lá e depois passava no Zé do Passaporte (que ficava ali na entrada da Redenção) para comer um Super Dog. O prédio também tinha o Bristol (que ficava no andar de cima e que depois virou o Baltimore 3), famoso por seus ciclos de filmes independentes e/ou europeus. Lembro que ali eu vi
Laranja Mecânica. No final dos tempos, o Baltimore 3 só passava bombas e quando tu entrava lá tinha a idéia de que, daqui a pouco, ia cair um rato no colo. No Baltimore 4 eu vi poucos filmes e no Baltimore 2 eu lembro de ter visto
Rain Man e
Dick Tracy, entre outros. Mas as lembranças das noites de final de semana no Baltimore 1 sempre irão aparecer quando eu passar pela Osvaldo Aranha.